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Hoje em dia, a idade já não diz muito sobre uma pessoa. Muitos artistas mais velhos, que já passam dos 60 anos, como cantores, atores e bailarinos, continuam em plena atividade, reunindo não só seus fãs de longa data, como também um público mais jovem. Pensando nos artistas dessa faixa etária com uma trajetória consagrada, a Secretaria Municipal de Cultura lança o Festival 70+ [...]
Descrição
Secretaria Municipal de Cultura valoriza artistas veteranos em seu novo projeto em que idade é apenas um número: 70+A programação, gratuita, conta com shows de Angela Maria e Zezé Motta, espetáculo de teatro com Teuda Bara, do Grupo Galpão, apresentação de dança com Angel Vianna, entre outras atrações, a partir de 28 de setembro
Idade á apenas um número. Este é o mote do novo projeto idealizado pela Secretaria Municipal de Cultura, o 70+, que valoriza artistas mais velhos talentosos que continuam atuando. Este projeto visa aproximar não só os fãs de longa data como, também, pretende inseri-los no cenário cultural da cidade. Entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro, acontece o festival 70+, que traz apresentações musicais, de dança e teatro, com entrada gratuita, dando início a uma programação, que passa a integrar o calendário de atividades desta Secretaria.
Abre o festival a encenação do espetáculo A Doida. Teuda Bara, uma das fundadoras do célebre Grupo Galpão, de Belo Horizonte, que este ano comemora 35 anos de atividade, é a estrela da peça. Divide o palco com ela o ator Admar Fernandes e a direção é de Inês Peixoto, também integrante do Galpão. As apresentações ocorrem nos dias 28 e 29 de setembro, às 20h, na Sala Olido. Empreendendo uma pesquisa sobre o que caracteriza algumas pessoas como doidas e buscando observá-las por outro ponto de vista, o espetáculo mostra que, às vezes, realidades diferentes podem existir no universo de uma pessoa.
Antecedendo a apresentação, Teuda Bara e Inês Peixoto também poderão ser vistas em As Duas Irenes, primeiro longa-metragem de Fábio Meira. A produção acaba de ganhar, no 45º Festival de Cinema de Gramado, os prêmios de Melhor Filme da Crítica, Roteiro (Fábio Meira) e Ator Coadjuvante (Marco Ricca). A exibição acontece às 17h30, no Cine Olido (vizinho à sala onde será encenada a peça).
Outro destaque da programação é a atriz e cantora Zezé Motta, que apresenta no sábado, dia 30 de setembro, às 15h, na Praça das Artes, seu último trabalho, Negra Melodia. O álbum é uma homenagem a Luiz Melodia e Jards Macalé. Morto em agosto deste ano, Luiz Melodia foi um grande amigo de Zezé. Gravaram juntos inúmeras canções, entre elas Dores de Amores.
No dia 1º de outubro, a cantora Angela Maria apresenta-se no Boulevard São João. No show, ela canta músicas de seu novo disco, Angela Maria e as Canções de Roberto e Erasmo, lançado em maio pelo selo Biscoito Fino. Angela, que já gravou e interpretou inúmeras canções do rei, selecionou para este álbum músicas de sua memória afetiva, além de canções de seu próprio repertório, entre elas os sucessos Tango pra Tereza, Orgulho, Gente Humilde, Cinderela e Babalu.
A Praça das Artes recebe também Angel Vianna, bailarina e fundadora da Escola Klauss Vianna de dança, uma referência quando se fala nessa arte. Uma das pioneiras da dança contemporânea no Brasil, Angel recebeu, entre outras homenagens, o Prêmio Mambembe de dança em 1996 pelo conjunto de sua obra. Ela é a convidada especial de Ferida Sábia, espetáculo dirigido e concebido pela coreógrafa Ana Vitória. As apresentações acontecem nos dias 30 de setembro, às 20h, e 1º de outubro, às 19h.
A programação do festival traz ainda duas leituras dramáticas na Biblioteca Mário de Andrade: a primeira é do texto do romance Ensina-me a viver, escrito pelo americano Collin Higgins em 1971, e está no dia 30, às 19 horas com Eva Wilma e Tales Cabral; no domingo , dia 1º, às 19h, os atores Paulo César Pereio e Sergio Guizé leem o texto Memória de Minhas Putas Tristes; show de Agnaldo Rayol, 1º/10, às 14h, no Boulevard São João; e o espetáculo Cabaré dos Artistas, que reúne moradores do Palacete dos Artistas para contarem suas histórias desde o tempo da ditadura militar, a censura, a tragédia da Aids, entre outros fatos que marcaram suas vidas dentro e fora dos palcos. Com direção de Rodolfo García Vázquez, do grupo Os Satyros, as apresentações ocorrem nos dias 30 de setembro, às 20h, e 1º de outubro, às 19h, na Sala Olido.
O encerramento do evento, no dia 1º, às 18 horas, fica por conta do carimbo paraense de Dona Onete, que recebe seu conterrâneo Felipe Cordeiro no Boulevard São João.
A programação completa está disponível no site http://emcartaz.prefeitura.sp.gov.br/
