O próprio nome escolhido pelo grupo, Hiato, já nos dá pistas de suas escolhas artísticas e justifica a continuidade à investigação de novas dramaturgias e formas cênicas que suscitem questionamentos sobre as formas de percepção da realidade, as lacunas entre experiência, linguagem.
Endereço: Rua Romeu Perrotti, 39 , Vila Nogueira, 05443-080, São Paulo, SP
CEP: 05443-080
Logradouro: Rua Romeu Perrotti
Número: 39
Complemento:
Bairro: Vila Nogueira
Município: São Paulo
Estado: SP
Descrição
A Cia Hiato nasceu em 2008, a partir da criação do espetáculo “Cachorro Morto”, diversas vezes premiado, que projetou o nome de Leonardo Moreira como um dos novos autores de destaque da cena paulista.Os artistas que se reuniram para a encenação de “Cachorro Morto” fundam um projeto de investigação artística, que rende, em 2009, o espetáculo “Escuro”, que recebe cinco indicações ao Prêmio Shell de Teatro 2010 – Autor, Diretor, Cenário, Atriz e Figurino, tendo sido vencedor em quatro categorias (Autor, Diretor, Cenário e Figurino). Recebeu ainda, o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2010 – Melhor Espetáculo em Sala Convencional, tendo sido indicado a outras quatro categorias (Melhor Autor, Melhor Direção, Melhor Projeto Visual – Cenografia e Iluminação, Companhia Revelação).
O Jardim (2010) é a terceira montagem da Cia. Hiato. Após temporada em São Paulo, Rio de Janeiro, passou por importantes festivais nacionais (Brasília cenacontemporânea, Festival de Curitiba, FIAC Bahia/Salvador, Festival de Teatro de Recife, Aldeia Velha / SESC Goiânia, Festival de Teatro de Londrina, Festival de teatro de Vitória, entre outros). Na cena internacional, participou de diversos festivais além de cumprir temporada em teatros de destaque: Under The Radar / Nova York, Festwochen / Viena, Cena Iberoamericana Kennedy Center / Washington DC, Atenas Transition II: Latin Amerika - Atenas/Grécia, Santiago a Mil /Chile, Ervaar Daar Hier Festival (Turnê por 07 cidades da Holânda, entre elas, Amsterdam, Rotterdam e Utrecht), Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá (Colômbia), HAU-Berlim/Alemanha, FRAN LAB/Mousonturm /Frankfurt, Plataforma de Teatro Internacional – Buchareste/Romênia, Projeto Brasil / Dresden / Alemanha.
O espetáculo foi aclamado pelo público e pela crítica paulista tendo recebido Prêmio Governador do Estado de São Paulo – TEATRO; 3 indicações ao Prêmio Shell 2011 (Direção, Autor e Cenário), vencedor nas categorias: Melhor Autor e Cenário e 3 indicações ao APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte (Autor, Diretor e Espetáculo), tendo sido vencedor da categoria Melhor Diretor, e 5 indicações ao Prêmio CPT - Cooperativa Paulista de Teatro (Autor, Diretor, Elenco, Espetáculo e Projeto Visual – Iluminação, Cenário e Figurino), tendo sido vencedor nas categorias: Melhor Autor e Espetáculo.
Entre os anos de 2011 e 2014, a Cia. se debruçou sobre o “Projeto Ficção”. O primeiro resultado cênico do projeto foi o espetáculo FICÇÃO (2012) que verticalizou a pesquisa do grupo sobre o teatro documental, “mocumentários” (documentários de mocape, isto é, ficções que assumem o formato documental) e dramaturgias confessionais. O espetáculo estreou em São Paulo e rapidamente percorreu os principais festivais de teatro nacionais (Tempo Festival RJ, Festival de teatro de Curitiba, FIT Festival Internacional de Rio Preto) e internacional (Santiago a Mil/Chile; Theater Der Welt/Alemanha; Mousonturm /Alemanha, Projeto Brasil/Berlim Alemanha). Em seu rápido percurso, cumpriu 2 temporadas no Rio de Janeiro (Teatro OI Futuro e Teatro de Arena da CAIXA) e 3 temporadas na cidade de São Paulo (SESC Pompeia, Santo André e CIT-ECUM), além de percorrer outras localidades nacionais O espetáculo recebeu 2 indicações ao Prêmio CPT 2012 - Cooperativa Paulista de Teatro (Melhor Elenco e Melhor Projeto Visual – Iluminação, Cenário e Figurino; e Prêmio Questão de Crítica 2012: vencedor na categoria Melhor Ator (Thiago Amaral), além de ter sido indicado em outras 3 categorias (Dramaturgia, Direção e Espetáculo).
O segundo espetáculo derivado dessa pesquisa e que encerra o ciclo do “Projeto Ficção” foi o espetáculo 02 FICÇÕES (2014), que teve parceria do SESC –SP e coprodução do KunstenFestivaldesArts/Bélgica. O espetáculo realizou 2 temporadas na cidade de São Paulo (2014 e 2015), e uma temporada de sucesso na cidade de Brasília (2015), além de ter sua estreia mundial no KunstenFestivaldesArts/Bélgica.
Depois do "Projeto Ficção, a Cia Hiato retorna à cena paulista com uma nova abordagem: deixa de lado o depoimento pessoal para olhar o outro, aquele que normalmente é excluído do palco ou que só aparece nele como representação ou discurso. O resultado desta incursão criativa foi o espetáculo Amadores que estreou em março de 2016 no Sesc Consolação e desde então percorre os palcos do Brasil, tendo participado do Festival de Teatro de Curitiba e FIAC – BA. Além de realizar 2 temporadas na cidade de São Paulo, o espetáculo circulou pelo Projeto SESI Viagem Teatral - SP, participou da programação do Itaú Cultural, da Caixa Cultural de Curitiba e viajou interior do Estado de São Paulo (SESC – SP). Amadores foi eleito Melhor Espetáculo do Ano pela Revista Veja São Paulo e recebeu indicação a “Melhor Direção” pela APCA nesse mesmo ano.
Para comemorar os 10 anos de trajetória do grupo, o coletivo se debruçou no clássico poema grego, ODISSEIA, associando-o às experiências pessoais de seu núcleo criativo (seguindo e subvertendo a pesquisa desenvolvida até aqui), testando os limites entre a responsabilidade individual e coletiva, tentando estender a presença do público para além do espetáculo. O espetáculo foi realizado em coprodução com Onassis Center Athens, Mousonturm/Frankfurt, estreou em Atenas/Grécia em 2018, realizou temporada em São Paulo e desde então vem percorrendo palcos nacionais e internacionais, tendo participado do Festival de Curitiba, Santiago a Mil/Chile, Explore Festival (Turnê por 07 cidades da Holanda, entre elas, Amsterdam, Rotterdam e Utrecht), FITEI/Porto, além de turnê por 3 cidades alemãs (Frankfurt, Mannheim e Hanôver). “A Cia Hiato, por seus 10 anos de trajetória artística no Brasil e no exterior e pela realização do espetáculo Odisseia”, recebeu indicação ao prêmio Shell (2018) na categoria Inovação, e foi eleita melhor peça no Festival Explore de 2019.
A trajetória do trabalho do grupo associa investigação de novas dramaturgias e formas cênicas ao questionamento as formas de percepção da realidade, as lacunas entre a experiência e a linguagem.
