Renata Carvalho

Renata Carvalho - atriz, diretora, dramaturga e transpóloga. Graduanda em Ciências Sociais. Fundadora do Monart (Movimento Nacional de Artistas Trans), do “Manifesto Representatividade Trans” (que visa a inclusão de corpos travestis/trans nos espaços de criação de arte) e do Coletivo T, coletivo artístico formado por artistas trans ( travestis, mulheres e homens trans e pessoas trans não binárias)

Descrição

Renata Carvalho - atriz, diretora, dramaturga e transpóloga. Graduanda em Ciências Sociais. Fundadora do Monart (Movimento Nacional de Artistas Trans), do “Manifesto Representatividade Trans” (que visa a inclusão de corpos travestis/trans nos espaços de criação de arte e pede uma pausa na prática do Trans Fake - artistas cisgêneros que interpretam personagens trans/travesti)

Como transpóloga (uma antropóloga trans), estuda o corpo travesti/trans desde 2007, quando torna-se agente de prevenção voluntária em ISTs, HIV/AIDS, tuberculose e hepatites pela secretária municipal de saúde de Santos, trabalhando especificamente com travestis e transexuais na prostituição, mesmo ano do seu percebimento travesti.

Esta transpologia aponta a construção social, midiática, criminal, hiper sexualizante, patológica,religiosa e moral que permeiam corpos trans/travestis, onde a arte, e consequentemente, os artistas também foram/são responsáveis na construção desse imagético do senso comum.

A artista coloca seu corpo travesti como sujeito e objeto de pesquisa, debatendo/denunciando a ausência desses corpos nos espaços de arte.

(2020) Corpo sua autobiografia; (2019) “Manifesto Transpofágico”; (2018) “Domínio Público”; (2016) “O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu”; (2016) “ZONA!”; (2013) “Projeto Bispo”; (2012) “Dentro de mim mora outra”; (2009) “Nossa vida como ela é”. Na luta pela inclusão de corpos travestis/trans nas artes, buscando a naturalização desses corpos e assim, alcançar sua humanidade, para profissionalização e permanência de corpos travestis/trans nos espaços de criação artística.

Dados importantes sobre travestis/trans no Brasil

- O Brasil é o país que mais mata travestis e pessoas trans no mundo, está na liderança desde 2008 quando a pesquisa se inicia. O Brasil é responsável por 40% dos assassinatos de pessoas trans/travestis no mundo. As mortes geralmente são hiperbolizadas (muitas facadas, tiros, objetos enfiados no ânus e esquartejamentos, principalmente do órgão genital)
- 90% das travestis/trans estão na prostituição compulsória
- 90% das travestis/trans são expulsas de casa entre 12 e 14 anos.
- A vida média de uma travesti no Brasil está entre 27 e 35 anos.
- A segunda causa de morte é o suicídio.
- Durante a pandemia do coronavírus aumentou em 70% o número de assassinatos de travestis/trans. Já matamos mais travestis/trans do que no ano passado inteiro.
- “O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu”, texto da britânica Jo Clifford, onde Jesus volta nos dias de hoje como uma travesti, já foi censurado cinco vezes no Brasil. Renata que interpreta Jesus, sofreu ameaças de morte e espancamentos, de levar um tiro, alvo de ataques virtuais e fake news. Já usou colete a prova de balas, sofreu um ataque a bomba e diversas manifestações e violência nos locais das apresentações.

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