Agente Comunitário de Cultura - 1ª edição (2014-2015)

Estudo de cosmicidade e as cartografias da infância

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Inscrições abertas de 01/10/2014 a 01/08/2015 às 23:59 .

O Estudo de Cosmicidade nasce da necessidade do agente cultural se alinhar com o todo que lhe cerca e lhe faz manobrar em diferentes níveis afim de permanecer fazendo seu trabalho, propondo soluções, dissensos, inversões de perspectivas, transformações e novos modos de agir, habitar e se relacionar.

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Descrição

Estudo de cosmicidade e as cartografias da infância

O Estudo de Cosmicidade nasce da necessidade do agente cultural se alinhar com o todo que lhe cerca e lhe faz manobrar em diferentes níveis afim de permanecer fazendo seu trabalho, propondo soluções, dissensos, inversões de perspectivas, transformações e novos modos de agir, habitar e se relacionar.

A cosmicidade consiste em desenvolver um olhar/fala sobre a vivência: o habitar em seus diferentes níveis e perspectivas. O olhar radicante desta abordagem é conceber o corpo, a casa, o planeta e o cosmos, elaborando as manifestações do habitar.
No decorrer deste trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2010, foi visto que, para chegar a uma cosmovisão e sugerir uma cosmo – estação, é preciso antes, desenvolver uma sondagem dos terrenos íntimos (dentro) e extimos (fora). Para desenvolver tal trabalho de catalogação do entorno ressoante (vida), o Estudo de Cosmicidade precisou ser divido em duas perguntas - duas forças tarefas que trabalham esferas diferentes do mesmo processo .

Por questões objetivas, o foco estará somente na pergunta que trata dos terrenos íntimos, pois diz das ações que serão desenvolvidas na primeira fase do programa agente comunitário. Ela se desenvolveu da necessidade de se traçar a visualização de uma genealogia plástica, uma espécie de mapa/caminho que juntasse referências e ferramentas que clarificam e auxiliam na possibilidade de seguir propondo algo para a comunidade. “No inicio dessa construção surge a seguinte expressão: “O grande homem é aquele que não decai dos seus sonhos de infância, e o artista é aquele que os reinventa”, alimentando as intuições para a pergunta norteadora do trabalho/pesquisa:” Nossos devaneios de infância são responsáveis pelo nosso destino/realidade de agora?". Ou seja, aquilo que nós imaginávamos, o trabalho de imaginação, de quando nem sabíamos o que a palavra imaginar significava, é responsável por atrair o nosso destino, a nossa realidade material que nos cerca no agora?

No encalço de tais perguntas, se fez necessário construir uma simbologia - mapa através de diagramas que nos lançam direto para uma iconografia da infância. A fim de esbarrar naquilo que se pensa, imagina e se sente neste estado, surgiram cartões postais feitos a mão com o intuito de firmar uma correspondência com as memórias e devaneios(sonhos de vigília) de infância, desenvolvendo, através de uma cartografia que os conciliam com as memórias de futuro, um meio para atender a tais inquietações.

Este trabalho territorial se faz fundamental para visualizar os ritmos psicológicos e individuais, assim como as esferas de um entorno coletivo, social e biocósmico; é sentido que assim se torna possível acolher e atender ao "chamado de agente cultural" que segue apresentando e propondo.

O processo dessa genealogia plástica será exposto em espaços culturais e publicado em um livro-arte a ser veiculado gratuitamente.

Pretende-se realizar encontros-oficinas com o objetivo de cocriar e disseminar essa prática-costume aos participantes, assim como verificar, desenvolver e registrar as inúmeras possibilidades e jeitos de fazê-la.


Objetivos

- desenvolver, visualizar e compartilhar uma genealogia plástica;
- laborar, visualizar e compartilhar um manejo em cartografias afetivas;
- registrar a metodologia cartografia aos devaneios;
- desenvolver, visualizar e tornar visível uma cosmo visão;

Objetivos específicos:

- dar continuidade a cartografia aos devaneios;
- fazer uma exposição em um espaço público;
- publicar um livro-catálogo sobre o processo;
- desenvolver oficinas;
- experimentar, desenvolver e sistematizar manejos de cartografias afetivas;




Oficina Cartografia aos devaneios

Cartografia aos devaneios são encontros de reflexão, dialogo e registro a luz de nossos devaneios. Através de imagens, colagens, pinturas, e palavras, construiremos cartões postais e enviaremos aos nossos devaneios. O objetivo é acessar, cuidar e manejar as nossas memórias do passado e do futuro, podendo desfrutar dos prazeres de nossos devaneios de infância, assim como os sonhos, anseios, desejos e possibilidades de nossos devaneios despertos no cotidiano.

Objetivos específicos:

- Através de encontros, desenvolver um laboratório/ateliê de criatividade, onde poderemos compartilhar, elaborar e registrar os nossos devaneios;

- Desenvolver uma espécie de cartografia afetiva (individual ou coletiva) onde seja possível partilhar esses registros;

- desenvolver com os participantes, um modo de compartilhar o processo;

Objetivos:

- desenvolver uma experiência que intercale silêncio, ócio, criação, diálogo, escrita e leitura em voz alta;

- de forma criativa, desenvolver uma genealogia plástica(individual ou coletiva) através dos registros das memórias de infância;

-registrar os devaneios/memórias voltadas para a infância;
- registrar os devaneios do cotidiano;

- sugerir a confecção de cartões postais como forma de registro;
- transmitir, verificar e acolher as diferentes formas de registro que surgirem durante o processo;

- Desenvolver um fim para a cartografia que será elaborada em oficina;

- observar e registrar os níveis de devaneios e como eles se dão individual e coletivamente;

Meios:

- sala, mesa, papel canson A3, cola, tinta, recortes, máquina de escrever, lápis, canetas, pinceis, tesoura, computador com internet, maquina fotográfica.


Oficina de Bonecos: desenho interior


Introdução

A oficina “ desenho de interior” remonta os Homúnculos da alquimia antiga que pretendiam criar um ser humano, visando chegar, através de vários ingredientes, na personificação do “ser humano ideal”. De forma lúdica, criaremos bonecos de pano, convidando os participantes a criar os seus “humanos ideais”, partindo de seus valores, talentos e paixões como misturas para compor, costurar e rechear o seu boneco, criando um “imago” que será o sujeito de suas projeções. Com isso, todos levarão uma ferramenta para lembrar de seus ideais para o agora e para o futuro.

Objetivos

1) fazer com que os participantes verifiquem seus valores, talentos e paixões.

2)criar uma ferramenta útil para a visualização e a reflexão dos anseios, metas, sonhos e objetivos individuais e coletivos.

3) criar uma atividade que una a reflexão e a prática, tocando em questões essenciais de maneira lúdica.

4)criar uma atividade para o compartilhamento de sonhos, metas e objetivos despertando encontros possíveis.


Justficativa

Tendo em mente que não somos motivados, desde criança, a pensar em nossos valores, talentos e paixões, somos cobrados cotidianamente, em casa e na escola, a darmos respostas sobre um rumo profissional e vocacional que traga retorno para nossas vidas. A maioria desses espaços, não nos dá ferramentas suficientemente boas para pensarmos tais questões, ficando somente no ânbito da cobrança, gerando frustrações, traumas e iseguranças referentes aos caminhos reais de nossas ações práticas. Quremos mudar este quadro e, através da arte e de uma maneira lúdica, queremos compartilhar formas de visualizar temas tão complexos para que possamos lidar com questões fundamentais para a realização pessoal, sem traumas, preparando assim, pessoas que saibam dar resposta aos seus anseios subjetivos e objetivos, criando uma sociedade realizada e mais feliz.


Passo a passo da atividade

- Dar folhas em branco, lápis para anotações, falar sobre o vazio, compartilhar o objetivo da atividade - desejos e possibilidades - partilhando o conceito de Homúnculo através do diálogo.

- Mostrar materiais e ferramentas, dando uma prévia da construção dos bonecos a partir de algumas amostras prontas.

- Partir para a construção seguindo as fazes e as perguntas norteadoras:

1) confecção do molde em papel

perguntas norteadoras: qual é o seu desenho, qual é a sua forma, o seu modelo?

2) feito o molde seguimos para o corte do tecido

perguntas norteadoras: qual é o seu tecido, sua pele é feita de quê?

3) em seguida costuramos as duas partes do tecido deixando espaço para preencher com espuma

perguntas norteadoras: qual é o seu limite, qual é o seu contorno?

4) parar para analisar o tecido, costura e formato do boneco, respirar e dar um tempo

5) após a reflexão, desenhar, escrever palavras, frases, símbolos nos pedaços da espuma, representando aquilo que vai rechear o seu boneco (Obs.: quem não quiser escrever ou desenhar pode simplesmente mentalizar enquanto preenche o boneco)

perguntas norteadoras: o que dentro de nós, qual é o meu recheio, minha bagagem?


6) silênciosamente, preencher o boneco pedaço por pedaço, mentalizando e contemplando o ato

o que fica e o que sai, o que entra de novo?


7) fechar o boneco, dando o acabamento.

perguntas norteadoras: meu corpo esta fechado, de quê, está terminado, este é meu acabamento, é o ponto final?

8) customizar o boneco, criar o imago, pintar livremente criando uma persona, um rosto e um estilo para o boneco

perguntas norteadoras: qual é minha imagem, qual é minha foto congelada, como me vejo?


Obs.: ter sempre lápis e papel para os participantes anotar seus insights, observações e opiniões


Público alvo:

encontros intergeracionais com crianças, adultos, idosos, pais, avós, educadores, professores e psicólogos


Referências/metodologias:

Ranciere, Jaques – Messtre Ignorante, cinco lições sobre a emancipação intelectual
Winnicott – A família e o desenvolvimento individual – ver: Introdução> Posses
Holt, John – Aprendendo o tempo todo, como as crianças aprendem sem serem ensinadas
Intraempreendedorismo – ver: Fernando Donabela
Jodorowski, Alejandro – Psicomagia – ver sobre Homúnculos
Clark, Tim – Busines Model You, o modelo de negócio pessoal

Cronograma de Atuação Programa Agente Comunitário de Cultura– Bruno Pastore (2014/ 2015)

Outubro 2014: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica;

Novembro 2014: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica;

Dezembro 2014: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Proposta de readequação (elaboração e envio); Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais;

Janeiro 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Proposta de readequação (elaboração, envio e aprovação); Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais;

Fevereiro 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Mapeamento de locais para execução das oficinas; Apresentação de propostas das oficinas em locais mapeados; Relatórios; Avaliação do projeto

Março 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Mapeamento de locais para execução das oficinas; Apresentação de propostas das oficinas em locais mapeados; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas; Relatórios; Avaliação do projeto;

Abril 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas;

Maio 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas;

Junho 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas;

Julho 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas;

Agosto 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas; Relatórios; Avaliação do projeto;

Setembro 2015: Seleção de imagens; Produção cartográfica em ateliê; Pesquisa bibliográfica / conceitual; Criação conceitual; Criação metodológica; Publicação semanal dos resultados da pesquisa em blog e redes sociais; Planejamento das oficinas; Execução das oficinas; Registro das oficinas; Relatórios; Avaliação do projeto;

Vídeos

Galeria

evento entre e Baixar Planilha

Publicado por

bruno pastore

BRUNO PASTORE é agente cultural, intervindo em arte, escrita e pedagogia. De formação livre, desde 2004 desenvolve intervenções pelas ruas, saraus, movimentos e instituições culturais. Atualmente se dedica a uma cartografia para ritmanálisar seus devaneios (past= infância & ore= futuro), além de mediar grupos de criatividade onde comunica seus prazeres por São Paulo e pelo mundo afora.