Tássia Reis e Mc Soffia

Aniversário de SP

Descrição Curta:
Tássia Reis com letras maduras e bem estruturadas, lançou no final de 2016 o disco Outra Esfera, o segundo de sua carreira. As sete faixas do álbum mostram uma artista heterogênea e consciente da sonoridade que é capaz de produzir.
Soffia tem 12 anos e desponta na cena do hip hop brasileiro, cabelo no estilo black power diz muito sobre o principal tema de suas composições: o empoderamento negro.

Classificação Etária: Livre

CCJ - Arena

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Dia 25 de janeiro de 2017 às 16:00 - GRATUITO - SEM NECESSIDADE DE RETIRADA DE INGRESSOS

Preço: Grátis

Endereço: Avenida, 3641 , Vila Nova Cachoeirinha, 02721-200, São Paulo, SP

Descrição

Tássia Reis poderia simplesmente ser definida pelas suas características artísticas, como compositora e cantora, e já seria suficiente para que se escutasse com atenção este segundo trabalho da artista nascida em Jacareí há 27 anos, que faz do hip hop sua arma contra e à favor do mundo. Mas ela é bem mais que isso – é uma usina criativa de convicções, em que seu discurso tão feminista quanto libertário (nas mais diversas vertentes, da intolerância à opressão emocional) dita canções sublimes, embaladas por sua doce voz em gêneros abertos, do rap ao reggae.

Tássia demorou a se entender artista. Durante a adolescência fez parte de grupos de dança urbana em Jacareí. Foi quando descobriu a Cultura Hip Hop e canalizou sua veia criativa para escrever dentro dos gêneros que este abrangia. Estava tão acostumada a ouvir Clara Nunes por influência da mãe quanto Jackson 5 por influência do pai e os raps de Sabotage, RZO, Expressão Ativa e Racionais MCs por força do irmão. Sua caneta correu ligeira em textos que já vinham acompanhados de melodias, com propostas de harmonias e arranjos.

Foi assim que depois de se mudar para São Paulo, aos 20 anos, e concluir o curso de graduação em Moda, aceitou os elogios que sempre recebia por sua voz e colocou em estúdio na canção “Meu Rapjazz”. Era para ser parte de uma mixtape só de mulheres, que não vingou. Mas a canção serviu como trampolim para sua carreira.

Lançada na Internet, a aceitação foi imediata, o que levou a equipe que começou a acompanha-la a produzir um clipe para a música. No primeiro dia, ao chegar a 10 mil views, ela teve certeza que acertara. Tanto que exato um ano depois saiu seu primeiro EP, batizado com seu próprio nome. Enquanto isso, sua participação em projetos foi crescendo. Foi convidada para cantar com Marcelo D2, gravou com Izzy Gordon, fez shows com a banda de jazzrap Mental Abstrato, foi para o universo das rimas femininas no projeto “Rimas e Melodias”, entrou para a discussão de gêneros que sempre propôs no “Salada de Frutas” e a posição política a levou a novas composições, que culminam neste “Outra Esfera”.
O single do disco é “Se Avexe Não”, com sua reflexão de mágoas reservadas, opressões e oprimidos e liberação dessa somatização em um clima de soul music e doses de samba.
Fecha com “Perigo”, que é a abertura de comportas da canção anterior, da emotividade liberada e da vivência intensa.


Mc Soffia

Segura de si, Soffia Gomes da Rocha Gregório Correia, 12 anos, atende desde os seis pela alcunha de MC Soffia. O primeiro show ocorreu há cinco anos, em maratona dedicada ao aniversário de São Paulo - a combinação de plateia generosa e data comemorativa não intimidou a garota. Hoje, nos arredores da Cohab Raposo Tavares, periferia de São Paulo onde foi criada, ela é reconhecida por fãs e posa para fotos com sorriso escancarado. Não esconde o que lhe parece óbvio: mal começou, mas já protagoniza uma revolução na comunidade onde vive, amplificada nacionalmente pelas redes sociais.

Enquanto prepara o disco de estreia, ainda sem título definido, Soffia joga bola, pula corda e frequenta a escola regular. Quer ganhar a vida sendo modelo, atriz e médica, além de cantora. Tudo ao mesmo tempo. “Sim. Por que não?”, ela ri. Como criança, não vê barreiras, nem limitações. E nisso está a força de suas letras: o empoderamento feminino e o culto à beleza negra, as duas principais lutas introjetadas nas músicas, lhe parecem pleitos óbvios, direitos naturais. “Não deveria ser preciso correr atrás disso. Cada um deveria ser quem é, quem quiser ser. Mas já que existe o preconceito, eu canto para que acabe”, declara, determinada.

Nas horas que antecedem os shows - hoje somados a participações em programas de TV e presença em eventos, compromissos articulados pela mãe, a produtora cultural Kamilah Pimentel, de modo a não comprometer o rendimento escolar - Soffia brinca com vizinhos e amigas: é como se concentra melhor. Três delas atuam como dançarinas da MC, acompanhada nos palcos pelas colegas e por DJ. Longe dos holofotes, a menina compõe novas músicas sempre que surge a inspiração - “mas esse processo nunca requer somente um dia”, explica. Vez em quando, a mãe, as tias e avós têm a criatividade acionada pela artista-mirim, que reclama ajuda na costura dos versos, antes produzidos com ajuda do MC 100%.

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