Grupo OPNI

O Grupo OPNI, coletivo de graffiteiros de São Mateus (zona leste da cidade de São Paulo), surgiu em 1997.

Endereço: Rua Archangelo Archiná, 587

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Descrição

“A sigla ‘OPNI’ – originalmente ‘Objetos Pixadores Não Indentificados’, também já significou ‘Os Policiais Nos Incomodam’ e ‘Os Prezados Nada Importantes’ – atualmente é um grito de guerra, que representa a voz da periferia!”
(Toddy e Val)

O Grupo OPNI, coletivo de graffiteiros de São Mateus (zona leste da cidade de São Paulo), surgiu em 1997. O grupo era formado por aproximadamente 20 jovens da periferia de São Paulo, mas com o tempo, o destino mudou a vida de alguns dos antigos integrantes: alguns abandonaram a atividade pela família e trabalho, outros, infelizmente, foram presos ou faleceram. Apesar dos altos e baixos, o grupo sempre manteve seus objetivos, consolidando o seu trabalho nas artes visuais.

Toddy e Val são hoje os responsáveis pelos traços e cores que retratam o cotidiano periférico, elaborando murais e exposições “artivistas”. Um dos principais projetos do Grupo OPNI é a “Galeria a Céu Aberto”, onde os artistas mantém desde 2009, em sua comunidade de origem, um percurso repleto de intervenções, são ruas e vielas graffitadas que inspiram comunidades e ressignificam um território marcado pela pobreza e exclusão social.

A relação com a cultura afro-brasileira é uma característica marcante nos trabalhos do Grupo OPNI. Destacam-se as ações realizadas junto a comunidades tradicionais e grupos de samba, através do projeto “Esse Graffiti vai dar Samba”, tais como o “Berço do Samba de São Mateus”, “Comunidade Toca da Onça”, “Samba da Maria Cursi”, “Tia Cida”, “Quinteto em Branco e Preto”, “Pagode da 27”, “Samba da Vela”, entre outros...

Em sua trajetória de 17 anos, o Grupo OPNI: fundou, junto a outros coletivos culturais, a ONG São Mateus em Movimento, maior articuladora cultural na região (2008); participou da 1ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art no MUBE (2010); interpretou os painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari, no encerramento da exposição em São Paulo (2012); recebeu o prêmio de melhor grupo de graffiti no “1º Prêmio Mundo da Rua” (2012); customizou o tênis do astro americano de basquete, Kobe Bryant, a partir de um convite da marca Nike (2013); recebeu o prêmio do edital PROAC HIP HOP nº35/2013 com o projeto “Galeria a Céu Aberto de São Mateus: Graffiti e Rodas de Conversa” (2013); e foi convidado para representar o graffiti brasileiro no 45º “New Orleans Jazz & Heritage Festival”, que acontece nos Estados Unidos (2014).
O grupo também é conhecido pelos trabalhos que realizou e continua realizando com artistas do cenário RAP (“Racionais MC’s”, “Criolo”, “MV Bill”, “Dexter”, “Consciência Humana” e “De Menos Crime”), para o cinema e televisão nacional (“Antônia”, “Cidade dos Homens” e “Quanto vale ou é por quilo?”, “MTV” e “TV Cultura”), além de ações comerciais (Nike, Revista Rolling Stone, Revista Raça, Santos Futebol Clube).
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Publicado por

Aluízio Marino

Aluízio Marino é mestre e doutorando em Planejamento e Gestão do Território pela UFABC. Especialista em Gestão de Projetos Culturais pelo CELACC/USP. Bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela EACH/USP. Gestor e militante cultural, participa ativamente da Rede São Mateus em Movimento.