O T.F.Style Cia de Dança investiga a Dança Urbana Contemporânea e pesquisa as possibilidades de exercitar um pensamento contemporâneo do hip hop. Esta investigação concentra-se em descobrir novas possibilidades corporais a partir de técnicas de diferentes danças urbanas, mas desenvolvendo um trabalho autoral, marcado por um percurso de investigação das sensações que estimulam esses corpos.
Descrição
O T.F.Style Cia de Dança investiga a Dança Urbana Contemporânea e pesquisa as possibilidades de exercitar um pensamento contemporâneo do hip hop. Esta investigação concentra-se em descobrir novas possibilidades corporais a partir de técnicas de diferentes danças urbanas, mas desenvolvendo um trabalho autoral, marcado por um percurso de investigação das sensações que estimulam esses corpos a partir da individualidade dos intérpretes. A pesquisa parte das danças urbanas, mas vai transformando suas bases, criando e modificando suas referências, desenvolvendo essa pesquisa particular.O grupo T.F.Style teve início em 2002, sob direção de Igor Gasparini. A partir de 2007, com a direção artística de Frank Tavantti e com o desenvolvimento do elenco, surge o T.F.Style Cia de Dança, passando a existir enquanto companhia de dança na cidade de São Paulo. Com ele, a dança contemporânea e a interpretação teatral passaram a fazer parte do trabalho da companhia, destacando-se hoje justamente por esse diferencial: ser um dos núcleos pioneiros nesta investigação da Dança Urbana Contemporânea.
Esse diferencial é marcado pelo modo de produção que envolve pesquisa e criação, auxiliando na investigação de possibilidades contemporâneas de construção cênica e de movimentação; além de consolidar as aproximações (comunicação) espetáculo-público, podendo construir, dessa maneira, novas formas de diálogo com a produção cultural da cidade. Para além da base técnica assimilada pelos intérpretes, estes se apropriam da fisicalidade e desta pesquisa urbana de corpo, que é transformada e resignificada. O corpo, a composição coreográfica, os processos criativos, a trilha sonora, entre outros fatores, resultam em espetáculos híbridos; sensíveis; e que buscam dialogar com os mais diferentes públicos.
A intenção não é a de reproduzir o hip hop, mas a de continuar buscando com maior intensidade as possibilidades que surgem a partir dele, sempre renovando o desafio de como trabalhar com isso, como utilizar das técnicas que, ao longo da trajetória, foram assimiladas pelos intérpretes, na construção de um repertório próprio. A investigação parte do desafio de uma leitura na contemporaneidade, de um modelo de dança que pode ser revisitado e atualizado, sem que seja apenas reproduzido tal e qual seu contexto de origem.
Além disso, a Companhia investiga, na prática, aquilo que é pesquisado academicamente pelo diretor Igor Gasparini. Sua pesquisa de pós-graduação e mestrado envolve as relações comunicacionais estabelecidas entre espetáculo e público, intermediado pelo corpo e pelos artistas. Assim, o objetivo é realizar espetáculos que sejam pensados com esta preocupação: a comunicação com o público. E isso vai além do mero entendimento, mas transita entre a reflexão e a apreciação de uma obra de arte contemporânea que, por si só, se reinventa e abre possibilidades para endereçar questões que vão além do deleite gerado por um movimento, mas buscando algo na linha tênue entre a obviedade e a obra hermética. E as obras criadas até aqui consagram esses vários anos de percurso, com trabalhos autorais e outros que surgem pelo diálogo artístico com coreógrafos brasileiros e do exterior que possuem investigação semelhante: uma pesquisa contemporânea que surge a partir da dança urbana.
