Coletivo Cartográfico

O Coletivo Cartográfico é um grupo de dança contemporâneo autogestionado, fundado e atuante desde 2011 na cidade de São Paulo. Investiga a dança em interface com a performance. O corpo é pesquisado como uma plasticidade que atravessa e é constantemente atravessada pelos meios em que se insere. A linguagem coreográfica investigada se dá fora do edifício teatral, cada local é encarado como co-autor.

Site: http://coletivocartografico.wordpress.com/

E-mail: coletivocartografico@gmail.com

Telefone Público: (11) 5542-5485

Descrição

O Coletivo Cartográfico é um grupo de dança contemporâneo autogestionado, fundado e atuante desde 2011 na cidade de São Paulo. Desde então investiga o ato coreográfico como uma via de contextação estética e política das vias normativas de construção do corpo cotidiano na experiência urbana. Embate-se a noção de corpo como entidade individual, buscando revelá-lo como campo em constante co-autoria com o meio (as situações, os outros, as materialidades, os espaços). Seus trabalhos descartam a idéia da dança como puro polimento espetacular de um corpo especializado, para entendê-la como uma via de produção de políticas em ato, que encabeçam acontecimentos estéticos como estratégias de risco que maculam os equilíbrios normativos dos corpos de suas próprias integrantes. Os espaços e materialidades são sempre entendidos em suas especificidades, como parceiros de jogo e/ou como antagonistas dos conflitos constantemente vivenciados pelos corpos urbanos contemporâneos. Por essa razão, faz parte da construção de linguagem do Cartográfico a saída do edifício teatral como locus do acontecimento cênico. Trata-se de uma pesquisa que trafega na interface entre a dança contemporânea e a performance.

2015
Durante todo o ano se deu a realização, em coalizão com o Núcleo Tríade, do projeto LIMINARIDADE / 5 movimentos, contemplado pela 17a edição do Fomento à Dança para a cidade de São Paulo. O projeto contou com ações de diferentes naturezas, todas realizadas na cidade de São Paulo. A saber: organização (feita por todas as integrantes do Tríade_Cartográfico mais Daniel Lühmann), da primeira edição da publicação LIMINARIDADE, lançada em dezembro de 2015, ISBN 978-85-5633-000-0, composta por materiais dos seguintes autores _ Adriana Macul, Ana Pato, André Mesquita, Bruna Coelho, Carolina Nóbrega, Fabiane Carneiro, Frédéric Gies, Gisele Brito, Graziela Kunsch, Guilherme Wisnik, Luísa Nóbrega, Mariana Vaz, Monica Galvão, Rodrigo Munhoz e Thomas Lehmen; concepção, criação e realização das performances: 1o fracasso / gelo (realizada em dezembro no MIS, Museu da Imagem e Som, e em junho na Oficina Cultural Oswald de Andrade), 2o fracasso / isopor (realizada em junho na Oficina Cultural Oswald de Andrade), 3o fracasso / tijolo (realizada em agosto, como parte da programação da IX Mostra de Fomento à Dança, no Terreyro Coreográfico), rastro#6 - 427 (realizada em dezembro no Vale do Anhangabaú), _ rastro#4 _ acúmulo _ (realizada em abril no bairro do Brás, num percurso da Feira da Madrugada ao Largo da Concórdia), e o estudo desterro (em julho na Oficina Cultural Oswald de Andrade); produção dos eventos públicos: Bate-papo: gênero e a sexualidade como espaços plásticos – performatividade, tecnologia e política - com Daniela Andrade e Glamour Garcia (em dezembro no MIS), apresentação do Projeto Mutirão da artista Graziela Kunsch (em agosto na Vila Itororó), realização de oficina Toda Vez que eu Dou um Passo o Mundo Sai do Lugar de Marcela Levy (em agosto, no contexto da IX Mostra de Fomento à Dança, no CRD, Centro de Referência da Dança), bate-papo Literatura Expandida: Arquivo e Citação na Obra de Dominique Gonzales-Foerster com Ana Pato (em junho na Oficina Cultural Oswald de Andrade), bate-papo Arte, Ativismo e Constelações Invisíveis com André Mesquita (em junho na Oficina Cultural Oswald de Andrade), Colóquio Publicação, Acervo e Registro, com Ana Luísa Lima, Graziela Kunsch, Nirvana Marinho e Sheila Ribeiro (em março no Paço das Artes); e bate-papo Cidade, Deriva e Cartografia com Guilherme Wisnik (em fevereiro no CCSP, Centro Cultural Vergueiro); além das performances realizadas pelo Núcleo Tríade, também produzidas pelo Coletivo Cartográfico no escopo do projeto.

Além do projeto foram desenvolvidos os trabalhos:

Agosto - Participação, como coletivo artístico convidado, do debate Ativismos na cidade: Fricções entre o Público e o Privado, que integrou a série de debates Inquietudes Urbanas, organizado por Thiago Carrapatoso e Guilherme Wisnik, no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo/SP.
Junho - Realização da performance coreográfica rastro#5 // paroxismo, como parte da programação da Virada Cultural 2015, em frente à Estação da Luz, em São Paulo/SP.

2014
Realização do projeto de circulação nacional de Instruções para o Colapso contemplado pelo Prêmio FUNARTE de Dança Klauss Vianna 2013, que contou com: 1. apresentações do espetáculo em Agosto em Palmas/TO (como parte da mostra de performance arte Convergência do SESC/TO), em Setembro em São Paulo/SP e em Curitiba/PR, em outubro no Rio de Janeiro/RJ e em Goiânia/GO (como parte da comemoração do aniversário da cidade promovida pela Secretaria Municipal de Cultura), em novembro em Recife/PE (como parte do Festival Cena CumpliCidades) e em Fortaleza/CE. 2. Realização da oficina Corpo-Cidade | Performances Urbanas Coreográficas em Palmas/TO (em parceria com o curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Tocantins), em Curitiba/PR (como parte da programação do Festival Interarte da Faculdade de Artes do Paraná – Universidade Estadual do Paraná), Rio de Janeiro/RJ (uma em parceria com a Angel Vianna Escola e Faculdade de Dança e outra em parceria com o Curso de Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Goiânia/GO (em parceria com o Curso de Dança da Universidade Federal de Goiás) e em Itapipoca/CE (em parceria com a Cia. Balé Baião de Dança Contemporânea, na Lona de Maria – Circo Escola). 3. Realização de trocas artísticas com o Grupo de Estudos de Dramaturgias do Corpo, coordenado pela professora Ligia Tourinho, do Curso de Dança da UFRJ, no Rio de Janeiro/RJ, com o Laboratório de Poéticas Corporais e Tecnologia, do Curso de Dança da UFG, em Goiânia/GO e com a Cia. Balé Baião em Itapipoca/CE.

Além do projeto foram desenvolvidos os trabalhos:

Fevereiro – Realização da ação performativa Rastro#1 – expectativa de purificação, no Largo São Bento, em São Paulo/SP, como parte da programação do 1o (Grupos Independentes em Rede), do Núcleo Avoa!.

Abril – Realização da ação performativa Rastro#2 | corte no Viaduto Costa e Silva, em São Paulo/SP, como parte do Festival BaixoCentro.

Setembro – Realização da ação performativa Rastro#3 | reimpressão | no ponto de ônibus em frente à Praça Nove de Julho em Bragança Paulista/SP, como parte do Festival Cardápio Underground.


2013
Durante todo o ano se deu a realização do projeto Instruções para o Colapso, contemplado pelo edital ProAC (Programa de Ação Cultural) Primeiras Obras de Produção de Espetáculo de Dança da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo/SP/BR, que além de montagem, temporada na Praça da Sé, em São Paulo/SP e circulação do espetáculo Instruções para o Colapso por cinco cidades do interior do estado de São Paulo (Campinas, Piracicaba, São Bernardo, Santo André e Santos), contou com a realização das oficinas Construir e Demolir o Corpo-Cidade, oferecidas por integrantes do Coletivo Cartográfico, a partir da pesquisa desenvolvida no espetáculo. As oficinas se deram em parceria com diferentes instituições/projetos culturais. Em Julho, foi oferecida em parceria com o Programa Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura no CCJ (Centro Cultural da Juventude), em São Paulo/SP/BR. Em setembro, foi oferecida em parceria com o CLAC (Centro Livre de Artes Cênicas) em São Bernardo/SP/BR.

Além do projeto foram desenvolvidos os trabalhos:

Maio – O Coletivo Cartográfico é convidado para o debate Mostra VilaMundo: Dança, de discussão das relação entre dança e cidade.

Novembro – Apresentação de Instruções para o Colapso em Olinda/PE, como parte da programação do Festival Cena CumpliCidades.


2012
Realização, ao longo do ano, de uma série de pesquisas de deriva urbana em diferentes espaços públicos da cidade de São Paulo/SP/BR.

Maio – O Coletivo Cartográfico é convidado pelo Núcleo Cinematográfico de Dança à integrar o 1o Intercâmbio de Idéias e Ações com a performance coreográfica Experimentações Fora do Lugar, realizada nas ruínas do Presídio Carandiru, no Parque da Juventude, em São Paulo/SP/BR, cuja artista convidada para conceber a ação performativa foi Carolina Nóbrega, integrante do Coletivo Cartográfico. Essa performance foi registrada e editada pelo Estúdio Varanda e transformada no vídeo-dança A Chegada na Caixa de Abelhas ou Epidemia de Dança e Outras Aflições.

Setembro – O vídeo A Chegada na Caixa de Abelhas ou Epidemia de Dança e Outras AfliçÕes, concebido pela parceria entre o Núcleo Cinematográfico de Dança, o Estúdio Varanda e Carolina Nóbrega e performado pelo Coletivo Cartográfico, o Núcleo de Garagem, Janaína Carrer e Tâmara K, é apresentado na VI Mostra de Fomento a Dança, na Galeria Olido, na cidade São Paulo/SP/BR.

2011
Fundação do Coletivo Cartográfico.

Outubro – Realização da Residência Artística Estudo Para a Morte, que integrou o projeto Demolições do Núcleo de Garagem, de ocupação de uma vila de casas em vias de uma demolição no bairro da Vila Madalena, em São Paulo/SP/BR.

Novembro e Dezembro – Realização de dispositivos de intervenção e deriva urbana em diferentes espaços públicos da cidade de São Paulo/SP/BR.

Vídeos

Galeria

evento entre e Baixar Planilha

Publicado por

Carolina Nóbrega

É artista. Suas criações transitam nas fronteiras entre dança, intervenção urbana, instalação, linguagem da performance, fotografia, escrita, pesquisa em contextos específicos e prática pedagógica. Cofundadora e integrante do Coletivo Cartográfico (desde 2011) e do Grupo do Trecho (desde 2007). Artista Orientadora do Programa Vocacional (desde 2012).