Companhia Antropofágica

Grupo de teatro de São Paulo criado em 2002 cujo principal eixo de pesquisa é a incorporação da antropofagia como princípio criador e motivador de seu processo sócio-artístico. Composto por trinta integrantes entre atores, músicos e pesquisadores, realiza espetáculos, oficinas e estudos em sua sede Pyndorama, espaços culturais, escolas públicas e ruas da cidade de São Paulo.

Site: http://www.antropofagica.com/

E-mail: producaoantropofagica@gmail.com

Telefone Público: (11) 3871-0373

Endereço: Rua São Domingos, 224 , Bela Vista, 01326-000, São Paulo, SP

CEP: 01326-000

Logradouro: Rua São Domingos

Número: 224

Complemento:

Bairro: Bela Vista

Município: São Paulo

Estado: SP

Descrição

A Antropofágica, em 18 anos de trabalho, pôde definir campos de interesse comuns ao coletivo, um dos motivos que nos permite manter um trabalho conjunto contínuo. Dentre esses pontos, ressalta-se uma clara opção por pesquisar procedimentos, gêneros, autores e textos ligados à tradição das formas híbridas, de variedades e heterogeneidades: muito propicias ao princípio da antropofagia que nos move.

Contemplada por oito vezes pelo “Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo”, e em 2014 e em 2017 pelo “ProAC Festivais”. Indicada em 2013 ao “Prêmio Shell” com as “Máquinas de Intervenção Urbana - Karroça Antropofágica”, e indicada e premiada em diversas categorias pelo Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, a Companhia Antropofágica vem se destacando no cenário teatral, desde 2002 a partir da pesquisa e incorporação da antropofagia como princípio criador e motivador de todo o processo sócio-artístico.

Ao longo de seus dezoito anos a Antropofágica realizou:

2002/2003 - Macunaíma no País do Rei da Vela, espetáculo realizado a partir dos textos de Oswald de Andrade e de Mário de Andrade, e A Tragédia de João e Maria – Teatro da Deformação, uma versão adulta, deformada e catastrófica do conto dos irmãos Grimm, relacionado às distorções, degradações e flagelos sociais.

2004/2005 - Em 2004 inaugura o Pindorama, sua primeira sede na Rua Barra Funda, 555, onde realiza diversas atividades culturais como 50 anos da Morte Oswald de Andrade, Contação de Histórias, Dias Clowns e dá início a Oficina do Ator Antropofágico. Estreia o espetáculo Prometeu: Estudo Nº1.1 a partir de uma pesquisa sobre a estrutura dramática da tragédia e em função do estudo da obra Vigiar e Punir, de Michel Foucault. Em 2005, em virtude da falta de verba para manutenção de sua sede, passa a realizar a Oficina do Ator Antropofágico e suas demais atividades no Espaço Cultural Tendal da Lapa. Ainda em 2005, participa do Festival FRINGE em Curitiba com os espetáculos A Tragédia de João e Maria – Teatro da Deformação e Prometeu: Estudo Nº1.1.

2006 - Os Náufragos da Rua Constança: homo capitas no sapiens, espetáculo inspirado no filme O Anjo Exterminador, de Luis Buñuel, e em três campos de interesse do grupo: a questão do modus vivendi burguês, a imersão no surrealismo e o teatro de Tadeusz Kantor.

2007 - Inaugura sua segunda sede, o Espaço Pyndorama, locaizado na Rua Turiassú, 481, e realiza temporada do espetáculo Os Náufragos da Rua Constança: homo capitas no sapiens. Cria um núcleo permanente de formação de atores, o Núcleo Py, que nesse mesmo ano realiza sua primeira peça Panorama do Fascismo.

2008 - Contemplada pela primeira vez no Programa Municipal de Fomento ao Teatro para Cidade de São Paulo, inicia a pesquisa da Trylogia Terror e Miséria no Novo Mundo, que consiste no estudo dos períodos Colônia, Império e República da história brasileira. Baseado no texto Liberdade, Liberdade, de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, o Núcleo Py realiza a peça Mas afinal, o que é Liberdade? .

2009 - Estreia o espetáculo Terror e Miséria no Novo Mundo Parte I: Estação Paraíso. O Núcleo Py realiza a montagem da peça Zumbi or not Zumby com base no texto Arena Conta Zumbi de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri.

2010 - Contemplada novamente pelo Fomento ao Teatro, segue com a pesquisa da Trylogia Terror e Miséria no Novo Mundo e realiza um ciclo de estudos teóricos e práticos sobre o teatro de Tadeusz Kantor com o professor e pesquisador Michal Kobialka e a atriz Ludmila Ryba, do Cricot 2. Constrói sua primeira Máquina de Intervenção Urbana, a Karroça Antropofágica, inspirada nos Tropeiros do Brasil Império e a partir do conceito das máquinas de Kantor. A Oficina do Ator Antropofágico passa a ser realizada também no Espaço Pyndorama e em escolas da rede pública estadual de ensino (trabalho que continua até os dias atuais). O Núcleo Py faz apresentações da peça Mas afinal, o que é Liberdade? .

2011 - Estreia e realiza temporada do espetáculo Entre a Coroa e o Vampiro - Terror e Miséria no Novo Mundo Parte II: O Império. Realiza intervenções com a Karroça Antropofágica. O Núcleo Py faz apresentações das peças Mas afinal, o que é Liberdade? e Zumbi or not Zumby. Ao final do ano é contemplada pela terceira vez pelo Fomento ao Teatro, dando continuidade a pesquisa da Trylogia Terror e Miséria no Novo Mundo.

2012 - Estreia o Kabaré Antropofágico, inspirado na dramaturgia de formas híbridas do teatro de revista e em referências já consolidadas do grupo como Bertolt Brecht, Maiakovski e Augusto Boal. As Máquinas de Intervenção Urbana seguiram com a Karroça Antropofágica, e com a pesquisa e criação das Máquinas de Leitura. No final desde mesmo ano estreia Terror e Miséria no Novo Mundo Parte III: Autópsia da República. Em comemoração aos 90 anos da Semana de Arte Moderna realiza a Intervenção 22 no Theatro Municipal de São Paulo.

2013 - Inicia o projeto Desterrados em Nossa Própria Terra, contemplado pelo Fomento ao teatro, que tem como eixos de pesquisa o gênero fantástico, consciência enlatada e teatro de feira. Amplia a pesquisa das Máquinas de Intervenção Urbana com a criação do Fiteiro Antropofágico e do Teatro Passeio, além de realizar novas intervenções com a Karroça Antropofágica e com as Máquinas de Leitura, que passam a ser permanentes no processo de investigação e criação da Companhia. A convite da Companhia do Latão participa do projeto Pompéia Conta Boal, no SESC Pompéia, com a Karroça Antropofágica. Publica o primeiro número da revista Bucho Ruminante edição zero. Realiza a Mostra de Repertório: Antropofágica 10 Anos, com apresentações de 8 peças da trajetória da companhia, e durante a qual a Trylogia Terror e Miséria no Novo Mundo foi apresentada pela primeira vez em conjunto. O Núcleo Py faz apresentações da peça Via Crucys a Brazyleira, adaptação do texto O Pagador de Promessas, de Dias Gomes.

2014 - Em referência à I Feira Paulista de Opinião, dirigida por Augusto Boal em 1968, realiza no Tendal da Lapa a II Feira Paulista de Opinião ou I Feira Antropofágica de Opinião que reuniu cenas, canções e intervenções de aproximadamente 80 artistas entre eles participantes da Feira de 1968. Inspirado pelo texto de Bertolt Brecht e pelo teatro de feira, estreia o espetáculo Mahagonny, Marragoni – Suíte Antropofágica Nº1: Mutato Nomine De The Fabula Narrator. Realiza apresentações do espetáculo Macunaíma no País do Rei da Vela em escolas municipais de São Bernardo do Campo. Participa no Teatro de Arena da homenagem ao dramaturgo Chico de Assis com a montagem do texto inédito Furo no Casco, que também cumpriu temporada no Espaço Pyndorama. Publica a revista Bucho Ruminante Nº1. O Núcleo Py realiza a montagem e temporada da peça O Grande Circo da Ideologia, da Companhia do Latão.

2015 - Realiza no Memorial da América Latina a II Feira Antropofágica de Opinião, projeto contemplado pelo ProAC Festivais, com a participação de 40 grupos de teatro, além de artistas plásticos, poetas, músicos e coletivos de cinema. Contemplada em mais uma edição do Fomento ao Teatro, inicia a criação da Máquina de Processo – Almanaquy Antropofágico, tendo como pesquisa o gênero do terror e o universo dos vagabundos que resultaram nos experimentos cênicos M – Isso não é uma Peça Feminista, de Mei Hua, e Estudo para o Terror, de Rogério Guarapiran. Realiza intervenções com a Karroça Antropofágica, Fiteiro Poético, Teatro Passeio e Máquinas de Leitura em locais públicos da cidade de São Paulo. Realiza apresentações de “Zumbi or not Zumby” com o Núcleo Py. Estreia o espetáculo Vyridiana dos Desafortunados inspirado no filme Viridiana, de Luis Buñuel, e publicou a revista Bucho Ruminante Nº2. A convite do SESC Consolação participa da exposição Máquina Tadeusz Kantor e como parte da programação paralela estreia no Teatro Anchieta o espetáculo Desterrados - UR EX DES MACHINE.

2016 – Participa do I Curto-Circuito dos Teatros Independentes de SP idealizado pelo MOTIN em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura. Apresenta “Kabaré Antropofágico” em Sumarezinho e no Espaço Maquinaria, sede do Teatro de Narradores. É contemplada pela 28ª edição do Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo com projeto [Tram(a)ntropofágica]. Neste projeto, apresenta a pesquisa dos 15 anos de trabalho do grupo, através da realização de temporadas de todos o repertório. De setembro a dezembro, realiza as temporadas das peças Trylogia Terror e Miséria no Novo Mundo - Partes I, II e III; do Programa I: Brazyleirinhas QY, composto pelas peças O Grande Circo da Ideologia (com o Núcleo Py), Furo no Casco, Estudo para o Terror e M. [Isso não é uma peça feminista], todas no Espaço Pyndorama. Apresenta a peça A Tragédia de João e Maria - Teatro da Deformação para a sede do grupo parceiro Companhia do Feijão. Realiza apresentações da peça Macunaíma no País do Rei da Vela no CEU Alvarenga e no CEU Inácio Monteiro. Retornando a sede do grupo, encerra os trabalhos deste ano com apresentações de Prometeu: Estudo Nº 1.1.

2017 - Dando sequência a [Tram(a)ntropofágica], realiza pela primeira vez apresentações no Centro Cultural São Paulo, com a temporada de Desterrados - UR EX DES MACHINE, na Sala Jardel Filho. Voltando ao Espaço Pyndorama, leva a público o Programa II: Buñuel, composto pelas peças Vyridiana do Desafortunados e Os Náufragos da Rua Constança: homo capitas no sapiens. O Núcleo Py também realiza temporadas das peças Panorama do Fascismo e Mas afinal o que é a liberdade? Encerrando as apresentações do repertório, realiza a temporada de Mahagonny, Marragoni – Suíte Antropofágica Nº1: Mutato Nomine De The Fabula Narrator, na sede do grupo parceiro Engenho Teatral. Seguindo com a pesquisa que culminará no novo espetáculo do grupo, realiza três Almanaquys Antropofágicos, com os grupos convidados Grupo Teatral MATA, Grupo Clariô e Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes. Ainda dentro da [Tram(a)ntropofágica], realiza apresentação da peça Macunaíma no País do Rei da Vela no CEU Heliópolis. Em Setembro, a Antropofágica realiza suas mais novas Máquinas de Intervenção, a Bryk-A-Brak - Teatro Exposição Popular, nas ruas da cidade de São Paulo, e a Anti-Expo-Fágica, no Espaço Pyndorama. Ainda nesse mês, pré-estreia o espetáculo OPUS XV que realiza um final de semana de troca com o público no Espaço Pyndorama.

2018 - É contemplada pela 31ª edição do Fomento ao Teatro para Cidade de São Paulo com o projeto [D.E.T.O.X]. Realiza a estreia e temporada do espetáculo Opus XV. 2018 – Contemplada pela 31a edição do Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo com projeto [D.E.T.O.X] realizando apresentações de dois experimentos cênicos, um a partir do livro de contos de Ana Primavesi “A Convenção dos Ventos” e outro a partir da biografia de Alexander Humbolt “A Invenção da Natureza” livro de Andrea Wulf. Realizou o 1o Festival de Teatro de Monhangokaracy no bairro de Perus/São Paulo. Estreou o espetáculo “Emergêncya”. Contemplada pelo ProAC Editais Festivais II realizou a III Feira Antropofágica de Opinião a Oficina Oswald de Andrade. Apresenta o espetáculo “Entre a Coroa e o Vampiro - Terror e Miséria no Novo Mundo Parte II: O Império” na sede do Teatro Popular União e Olho Vivo (TUOV). Apresenta a convite da Cia Teatro Documentário “Happening”. Realizou junto a Universidade of Reading no projeto Intermidia Project “Prólogos do Cinema Silencioso no Brasil” no Museu de Imagem e Som em São Paulo.

2019 - Segue realizando suas atividades: pesquisas, ensaios, treinamentos, oficinas e residências artísticos no Espaço Pyndorama no bairro de Perdizes e no Território Cultural Okaracy no bairro de Perus. Realizou apresentação do “Furo no Casco” no Território Cultural Okaracy. Realizou duas temporadas do espetáculo “Emergêncya” no Espaço Pyndorama. Em julho participou da 1ª Mostra de Teatro de Grupo no Espaço Refinaria Teatral com “Kabaré Antropofágico” e com espetáculo “Emergêncya” do Engenho Mostra Um Pouco do Que Gosta X. Em agosto 2019 participou do Ciclo de Leituras Dramaturgas nos anos de chumbo com o texto de Renata Palottini “Enquanto se Vai Morrer” no SESC Ipiranga e com espetáculo “Emergêncya” participou do FESTA 61 – Festival Santista de Teatro em Santos. Inicia a pesquisa e produção do novo espetáculo Bilionário$. Realiza apresentação do experimento “A Convenção dos Ventos” no Território Cultural Okaracy. É contemplada pela 34ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo com o projeto: 101 ABaCaXYZ PARA VER EM CENA ANTES DE MORRER.

2020 - Inicia o ano com a mudança de endereço de sua sede, a partir de fevereiro de 2020 o Espaço Pyndorama tem suas atividades no bairro Bela Vista onde além de fazer reformas para a abertura oficial do espaço, segue realizando suas pesquisas, ensaios e treinamentos, as oficinas seguem nos espaços públicos da cidade de São Paulo. No Território Cultural Okaracy no bairro de Perus também realiza suas atividades e prepara o espaço para 2ª edição do Festival Monhangokaracy. Em março de 2020 inicia o projeto 101 ABaCaXYZ PARA VER EM CENA ANTES DE MORRER, porém, devido a pandemia do COVID19 as atividades do coletivo passam a ser virtuais.
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